IPG 755/844 – História da Psicanálise
Tema: Psicanálise e Filosofia II
Professor: Joel Birman
Horário: Segundas-feiras 12:00 às 15:00h
Início: 16 de março
A finalidade do curso é de retomar a problemática da filosofia e da psicanálise, que no semestre anterior se voltou para Freud, retomando agora Lacan e filósofos que pensaram a psicanálise, a saber, Marcuse, Adorno, Horkheimer, Foucault e Derrida.
IPG 749/838 – Conceitos Fundamentais da Psicanálise IV
Tema: Formas atuais de segregação e destinos do gozo: identificação e sublimação
Professoras: Angélica Bastos e Mariana Mollica da Costa Ribeiro Araujo
Participação: Cristina Frederico (IPUB)
Horário: Terças-feiras 14:30 às 17:30 hs
Início: 17 de março
O seminário tem por temática as formas contemporâneas de segregação e as modalidades de gozo que lhes são correlatas, tais como se apresentam na experiência
psicanalítica e na prática da supervisão. Serão abordados os destinos que o gozo pode encontrar por intermédio do tratamento das identificações e da sublimação. Articulado à pesquisa “Segregação, violência e psicanálise: a perspectiva da supervisão”, o seminário busca situar a segregação tanto na economia subjetiva quanto na perspectiva da descolonização e do pós-colonialismo (Achille Mbembe), com o intuito de discernir as vias que os sujeitos forjam para responder a ela e para transmitir as soluções encontradas. Às premissas freudianas presentes em Psicologia das massas e análise do eu, Mal-estar na cultura e Moisés e o monoteísmo conjugaremos as contribuições do avesso da biopolítica (Eric Laurent) e da necropolítica para circunscrever a dimensão pulsional, além de distinguir a idealização e a sublimação em função do lugar ocupado pelo traço identificatório e pelo objeto. As formas atuais de segregação – especialmente, o racismo – serão consideradas, bem como o papel das produções culturais e da arte no tratamento da violência e da discriminação. Serão trabalhados testemunhos, fragmentos clínicos e casos da literatura psicanalítica com o intuito de discernir como a sublimação, a nomeação e o sinthoma propiciam novos regimes de gozo.
IPG 747/836 – Conceitos Fundamentais da Psicanálise II
Tema: A função paterna: Declínio e declinação do nome do pai.
Professor: Amandio Gomes
Horário: Quartas-feiras 11:00 às 14:00h
Início 18 de março
Daremos continuidade à investigação sobre o modo como Freud e Lacan pensam a função do Pai, tendo em vista o problema que se popularizou como “‘crise’ ou ‘falência’ da autoridade”, e que se apresenta em diferentes instâncias da vida social (família, escola, política, etc.). No meio psicanalítico tal crise se formulou nos termos de um “declínio da função paterna”. Num primeiro momento, examinamos o que seria próprio à função paterna nos textos freudianos: Totem e Tabu, A Psicologia das Massas e Análise do Eu, Moisés e o Monoteísmo e A Clivagem do Eu como Processo de Defesa, buscando destacar sua implicação na constituição do sujeito e ao mesmo tempo do “agrupamento social”, em contraste com a “massa”, que teria por condição a identificação à figura do líder. A hipótese que nos orienta é de que a função paterna enquanto desempenhada pelo “Pai Real”, tal como Lacan a apresentará no Seminário XVII, deve ser considerada originariamente enquanto responsável pela ‘declinação’ que constitui o sujeito e o laço social. Ou seja, partiremos da função paterna da declinação, como a chamaremos, para então tentar entender o que seria o declínio da função paterna. Neste semestre, privilegiaremos discussão sobre a Identificação, no capítulo 7 da “Psicologia das Massas”, e a retomada dessa noção por Lacan, de modo a discernir ‘identificação’ – na constituição do sujeito (dividido) e do laço social – de ‘identidade’ (identidade pessoal) e de comunidade (identidade de um grupo social).
IPG 757/846 – Teoria da Clinica Psicanalítica
Tema: Poder e alteridade: clínica atual e psicopatologia da vida cotidiana
Professora: Marta Rezende Cardoso
Horário: Quintas-feiras 09:00 às 12:00h
Início: 12 de março
O objetivo deste curso é analisar a articulação entre dominação e alteridade no universo intrapsíquico e intersubjetivo. O foco central da reflexão proposta é a relação eu/outro sob a perspectiva das relações de poder e domínio.
Será explorada a complexidade da metapsicologia do ego, com ênfase na noção de
reflexividade. A problemática do poder coloca em cena a dimensão de alteridade na vida psíquica, num plano individual e coletivo. Estes aspectos são fundamentais para a
compreensão das configurações subjetivas contemporâneas e de suas figuras clínicas.
Seminários de Pesquisa
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IPG 751/840 – Psicanálise e Filosofia
Tema: Pensar com os pés – a psicanálise e o futuro do real
Professoras: Fernanda Costa-Moura e Anna Carolina Lo Bianco
Horário: Quintas-feiras 10:00 às 13:00h
Início:19 de março
O Seminário examina a atualidade da psicanálise à luz da conferência A terceira de J Lacan. Parte da advertência de Lacan a respeito das conseqüências da ciência para o “futuro do real”, examinando o problema da pertinência, e possível função da psicanálise, para pensar e intervir no discurso e na vida social contemporâneos. Uma vez que a psicanálise ocupa-se do que não funciona, sua sobrevivência depende do real do qual ela é o sintoma. Para que permaneça, Lacan exorta os analistas a “perderem o emprego filosófico dos termos”, a não tropeçarem nas rodinhas RSI que ele introduziu (e que estranhamente ganharam sentido), e “pensar com os pés”. Para que um analista se sustente não basta manipular rodinhas, é preciso empenhar algo nisso: o objeto insensato do gozo que cai, eclipsado, na temporalidade e na topologia próprias do ato.
IPG 746/835 – Conceitos Fundamentais da Psicanálise I
Tema: Questões em torno da angústia,ainda.
Professora: Anna Carolina Lo Bianco
Horário: Quintas-feiras 13:00 às 16:00h
Início:12 de março
O tema deste Seminário é a angústia. Retomaremos a conceituação de um
“pedacinho que se perde”, pedacinho dos nossos corpos que é aprisionado e
circula no formalismo lógico, que a partir daí passa a nos interessar, pois fala da
condição de um sujeito que não se resume a uma subjetividade individualizada. A
pergunta que nos orientará é a de como um conceito dos anos 60 chega a dar as
bases para a discussão, no século 21, do humano – este que se torna dispensável
e supérfluo, quando apenas o que pode ser computado conta. O “computador
sendo o nosso cérebro” o que resta dos sonhos, da energia e dos corpos que com
eles investimos?
IPG 762/851 – Tópicos Especiais em Psicanálise IV
Tema: A clínica da civilização no século XXI
Professoras: Tania Coelho dos Santos e Flávia Lana G. de Oliveira
Horário: Sextas-feiras 8:30 às 11:30h
Inicio: 13 de março
Pretendemos analisar algumas configurações afetivas, sexuais, familiares e parentais à luz dos discursos pós-modernos acerca da dimensão do desejo e do gozo. Vamos retomar a leitura do seminário IV de Lacan a relação de objeto, extraindo consequências dos conceitos de privação, frustração e castração e das três formas de falta de objeto. Em particular, vamos nos dedicar a pensar as modalidades de comparecimento ou de ausência do nome do pai, em jogo nos discursos e práticas contemporâneos.
IPG 753/842 – Psicanálise e Linguagem
Tema: O humor maníaco e sua irritabilidade
Professores: Julio Verztman e Regina Herzog
Horário: Sextas-feiras 11:00 às 14:00h
Início: 13 de março
O presente seminário pretende discutir um assunto pouco desenvolvido pela literatura
psicanalítica: a noção de humor. Não se trata, porém, do humor enquanto delimitado pela ação humorística – já tematizado por Freud e outros analistas – mas sim pelos denominados estados de humor. O principal elemento do universo emocional sobre o qual a literatura de nossa disciplina se debruça é a noção de afeto. Partiremos da distinção, oriunda da fenomenologia, entre os afetos como estados intencionais dirigidos a um objeto e o humor como estado não intencional dirigida ao ambiente como um todo, para buscar uma definição psicanalítica dos estados de humor. Entre os autores da psicanálise, além de Freud, percorreremos os trabalhos de Bollas e Pontalis, a fim de circunscrever como a noção de humor pode ser uma ferramenta clínica para certos casos. Em seguida tentaremos caracterizar a exaltação maníaca e, particularmente, sua apresentação como irritabilidade. Examinaremos certos textos de psicanalistas contemporâneos, relatos autobiográficos e autores da psicopatologia psiquiátrica para esta última finalidade.